A IAO traz em sua cultura as bases antroposóficas, buscando o máximo de harmonia e respeito com a natural fisiologia do nosso corpo, pois acreditamos que o alimento deve nutrir também a nossa alma.
Uma alimentação antroposófica é aquela prática da culinária ovo-lacto-vegetariana orientada pela Antroposofia, a ciência espiritual fundada por Rudolf Steiner. Dentro desta visão, a ciência da nutrição é então ampliada pela visão global do homem, dos reinos da Natureza e do Cosmo. Esta seria uma alimentação então voltada para a preservação da saúde, mas que permite ao mesmo tempo a preservação dos prazeres sensoriais. Os sentidos como o olfato e paladar quando bem cultivados e devidamente estimulados servem como uma verdadeira higiene alimentar.
Sob a perspectiva global do ser humano, o alimento consumido dentro dos limites dos prazeres se torna a base do processo que poderá levar o ser humano em direção ao progresso real, à reunificação com sua meta espiritual. A partir de tal posicionamento, vem-se a perceber que não se pode dissociar as questões espirituais daquelas que envolvem a vida da matéria.
É por isso que a IAO se preocupa com a qualidade dos seus ingredientes e busca sempre trabalhar com o máximo possível de produtos orgânicos. Os métodos atuais de produção agrícola, utilizando excessivamente adubos e inseticidas químicos, enfraquecem as plantas, com perda total ou parcial de suas propriedades aromáticas.
Dentro desta mesma ciência de autodesenvolvimento humano, a percepção olfativa nasce quando o espiritual mergulha o mais profundamente neste mundo. E é assim que no aroma, no frescor o alimento se torna tão espiritualizado. O que torna um alimento verdadeiramente nutritivo para o homem são suas forças aromáticas cósmicas, que lhe permite criar o substrato material da consciência. E quando a planta parece não possuir odor, podemos captar nelas uma outra forma de odor, a emanação refrescante. E não é verdade que sempre procuramos os alimentos mais frescos?
Steiner mencionou que o sentido do paladar no homem é capaz de transformar-se em forças de sentimento. Ou seja, somos capazes de transformar a sensação do gosto numa experiência da alma, dissociando-a do meio exterior. Agora compreendemos porque a higiene alimentar deve estar fundamentada numa arte culinária que valorize a preservação do paladar. Uma questão bem delicada, que representa um anseio da humanidade atual, uma vez que ela não se guia mais pelo instinto alimentar primitivo e natural. A IAO traz em seus produtos e receitas o máximo de harmonia e respeito com a natural fisiologia do nosso corpo, pois acreditamos que o alimento deve nutrir também a nossa alma.
E por que levamos o assunto tão a sério? As doenças não infecciosas, como as cardiovasculares, neoplasias malignas e diabetes melitus, podem ter predominância em relação às doenças infecciosas em causas de morte. E essas doenças nós podemos evitar com o auxílio da higiene alimentar, de preferência praticada desde a infância, ou a partir do momento que tomamos consciência da sua importância.
Aqui colocamos algumas medidas práticas para iniciar:- Uma boa mastigação é essencial para a boa digestão.
- A alimentação de idosos e crianças devem ser diferenciadas com relação à do adulto.
- É importante comer dentro de um tempo mínimo de 20 minutos e evitar ao máximo de fazer a refeição às pressas.
- Os condimentos estimulam a sua digestão além de propiciar sabor.
- Evitar ingestão de líquido durante as refeições grandes, como almoço e jantar.
- Hidratar-se ao longo do dia.
- Os alimentos não devem ser ingeridos nem muito quentes nem muito frios.
- Os alimentos crus, devem ser ingeridos de preferência à temperatura ambiente e sem sal, pois já são ricos em minerais.
- O sal é um condimento, e não um alimento.
- Frituras, quando presentes, não ultrapassar a frequência de 1 vez na semana e devem estar, preferencialmente, somente no almoço, pois nesse período a vesícula está no pico do seu funcionamento e, portanto, a digestão do excedente de gordura será facilitada. A sobremesa pode ser uma fruta ácida para ajudar na digestão das gorduras.
- Evitar alimentos fermentativos à noite. Dar preferência aos alimentos cozidos ao invés de crus, pois nesta etapa do dia nossa digestão se processa mais lentamente.
- Doces de preferência após as 15 horas, pois nesse período o fígado está em intensa produção de reservas de glicogênio e o açúcar ingerido pode ser melhor aproveitado.